O ceratocone é uma doença ocular que pode atingir pacientes com predisposição genética e modificar o formato da córnea. Assim, conforme a progressão do distúrbio, a parte central da membrana é empurrada para fora, resultando na forma de um cone.
A condição provoca imagens confusas na visão do paciente, limitando o desempenho de atividades cotidianas.
Ainda não há um diagnóstico totalmente concreto sobre a origem da doença, mas estudos apontam uma ligação com fatores hereditários que implicam no desenvolvimento do problema nos olhos.
Felizmente, existem tratamentos oftalmológicos que retardam o crescimento do ceratocone, ajudando o paciente a prevenir o agravamento da situação. Saiba mais!
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Formas de prevenir a evolução do ceratocone
O ceratocone não tem cura e é uma doença progressiva. Assim, se o paciente não fizer o acompanhamento com um médico oftalmologista, o quadro clínico pode se agravar e resultar em problemas mais severos para a visão do portador.
Apesar da doença não ter cura, há maneiras de conter a sua evolução, o que já faz diferença. Dependendo do avanço do ceratocone, o médico poderá indicar a colocação de lentes ou a cirurgia de crosslinking. Entenda abaixo.
Prevenção com lentes
De acordo com o avanço do ceratocone, o paciente utilizará lentes mais rígidas ou as lentes esclerais. As lentes rígidas estão disponíveis em três modelos:
- RGP Esférica – indicada para os tratamentos iniciais, possui uma curvatura interna uniforme, sem variações centrais ou laterais;
- RGP Asférica – tem uma curvatura central maior, mas não é muito diferente nas partes laterais;
- RGP Dupla Face – feita com curvaturas bem acentuadas entre as dimensões centrais e as laterais, para melhorar o desempenho da córnea.
O oftalmologista também pode indicar o uso de lentes esclerais. Elas são maiores que as lentes do modelo RGP e escolhidas quando os olhos dos portadores do ceratocone possuem dificuldades de adaptação com as outras opções devido aos avanços da doença.
Prevenção com cirurgia
A cirurgia de ceratocone, o crosslinking, pode ser recomendada pelo oftalmologista quando o estado da visão está mais grave, ou quando o paciente não se adapta ao uso das lentes.
No procedimento, o profissional cirurgião inicia fazendo uma raspagem inicial na superfície da córnea. Após essa extração, uma aplicação de vitamina B2 é feita sobre a córnea e, logo em seguida, ela recebe um feixe de luz ultravioleta (laser) que realiza a correção do formato afetado pelo ceratocone.
O procedimento dura cerca de uma hora e, antes da cirurgia, o olho do paciente recebe um colírio anestésico.
A recuperação varia conforme o grau de complexidade da cirurgia de ceratocone. Durante esse período, é fundamental fazer o acompanhamento com médico oftalmologista e, em caso de maiores de desconfortos, informar o profissional sobre a situação.
Tratamento para ceratocone: onde fazer?
O tratamento adequado para o ceratocone só pode ser recomendado por um especialista na área. No caso, é preciso agendar uma consulta com o profissional, que avaliará o seu caso e poderá indicar a solução mais apropriada.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo nosso SAC.
