Ceratocone: quais as causas

Ceratocone: quais as causas

Estudos apontam que as causas do ceratocone estão ligadas a fatores genéticos, mas com influências ambientais e comportamentais. Saiba mais!
Ceratocone: quais as causas

O ceratocone é uma doença que atinge diretamente os olhos, mais precisamente as córneas. Na prática, o problema faz com que a parte central da córnea se projete para frente, o que a deixa mais fina e menos resistente.

A partir disso, há prejuízo na qualidade da visão do portador, resultando em imagens distorcidas e borradas, assim como sensibilidade à luz, má visão durante a noite, entre outros sintomas.

As causas do ceratocone ainda não são totalmente definitivas. Apesar disso, a condição normalmente tem a ver com a hereditariedade e, também, fatores ambientais e comportamentais.

A seguir, entenda as causas do ceratocone e saiba mais sobre a doença e seus sintomas.

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Quais são as causas do ceratocone?

Já há alguns anos, médicos e especialistas oftalmológicos estudam as possíveis causas do ceratocone. Algumas pesquisas apontam que o surgimento do problema ocular está ligado a questões hereditárias e genéticas do seu portador.

Além disso, há, também, influência externa, como de fatores ambientais e comportamentais. Entre os agentes comportamentais, o principal é o hábito de coçar os olhos.

O frequente atrito pode danificar a córnea, e o risco é ainda maior para pacientes que já têm uma predisposição genética.

Aqui, vale lembrar que alergias também merecem atenção, exatamente pela possível coceira causada pela condição.

Outras coisas que podem ter a ver com a causa do ceratocone são doenças oculares congênitas, como a catarata congênita, e doenças genéticas, como Síndrome de Down.

Quais os sintomas?

O ceratocone atinge a córnea, que é a lente externa dos olhos. A curvatura dessa lente é a responsável por fazer com que a luz que vem de fora chegue corretamente até o fundo do olho (na retina), e forme uma imagem perfeita no cérebro.

Em um olho com ceratocone, a córnea começa a sofrer deformações. Durante a progressão da doença, a parte central da membrana se projeta para frente, se assemelhando ao formato de um cone, enquanto vai ficando mais fina e frágil.

A estrutura, que antes tinha uma curvatura comum, passa a ficar irregular, causando erros de refração (como miopia e astigmatismo, por exemplo).

Sendo assim, um dos principais sintomas do ceratocone é a visão dupla, acompanhado de frequentes alterações no grau de óculos e lentes de contato.

O paciente também pode ter mais sensibilidade à luz, ver halos ao redor de luzes, e ter dificuldades para enxergar bem à noite.

Como são os tratamentos para o ceratocone?

Embora ainda não existam maneiras de impedir o crescimento do ceratocone completamente, há tratamentos que diminuem e corrigem a curvatura da córnea. Assim, o paciente consegue melhorar sua qualidade de visão.

Os tratamentos podem ser menos ou mais invasivos, a depender do avanço da doença e da recomendação do oftalmologista especialista. Saiba mais sobre as alternativas possíveis.

Lentes de contato

Uma das formas de tratar o ceratocone é utilizando lentes rígidas do tipo RGP (rígidas gás permeáveis) ou lentes esclerais. Entenda abaixo.

Lente RGP Esférica: costuma ser recomendada pelo médico nos estágios iniciais da doença. A estrutura da lente possui uma curvatura interna uniforme, sem variações centrais ou laterais. Ainda com um grau pequeno da doença, o paciente não irá precisar de uma estabilização mais intensa.

Lente RGP Asférica: a curvatura central da lente é maior, sem muita diferença nas dimensões laterais da lente. O modelo asférico costuma ser indicado para graus mais avançados do ceratocone.

Lente RGP Dupla Face: a curvatura é bem acentuada entre as dimensões centrais e laterais. A parte central da lente deverá encostar-se à extremidade em forma de cone, enquanto a lateral conterá as outras partes da córnea.

Lentes Esclerais: esse tipo de lente tem uma estrutura maior e facilita o conforto, visando minimizar maiores incômodos aos olhos do paciente. O oftalmologista avalia as condições oculares e qual o grau de avanço do ceratocone. Após exames preliminares, as lentes serão feitas de acordo com as necessidades do seu portador.

Embora seja uma forma de tratamento, o uso de lentes de contato para ceratocone não podem reduzir, tampouco interromper o progresso da doença. No caso, as lentes auxiliarão o paciente a recuperar sua acuidade visual e enxergar com mais nitidez.

Cirurgia de crosslinking

O crosslinking é um procedimento cirúrgico que busca enrijecer e fortalecer a córnea, enfraquecida pelo ceratocone.

Mesmo sendo minimamente invasiva, a técnica deve ser feita em centro cirúrgico, e exige aplicação de anestesia tópica. Ou seja, é aplicada apenas no olho, em formato de colírio.

Com o paciente preparado, o cirurgião faz uma pequena raspagem na parte central da córnea, em sua superfície externa (o epitélio). Em seguida, ele aplica um colírio à base de riboflavina (vitamina B2), e aplica também um laser.

O colírio com vitamina B2 junto à aplicação do laser vai fortalecer a estrutura da córnea, mantendo-a mais estável e influenciando no progresso da doença. No caso, a progressão será mais lenta.

A duração do procedimento é de, aproximadamente, uma hora.

Outros tratamentos

Outros tratamentos mais invasivos e que podem ser recomendados em estágios mais avançados do ceratocone são o implante do anel de Ferrara e o transplante de córnea.

O anel de Ferrara, anel intracorneano ou intraestromal, quando implantado na córnea, tem o objetivo de regularizar a curvatura da córnea. Na prática, ele tem efeito de aplanação sobre a estrutura, deixando-a mais semelhante ao seu formato normal.

Já o transplante de córnea consiste na substituição total ou parcial da membrana comprometida. No caso da substituição total, o nome do procedimento é transplante penetrante. Já na substituição parcial, o transplante é lamelar.

Onde fazer o tratamento de ceratocone

Os tratamentos do ceratocone podem ser cobertos por planos de saúde ou, ainda, realizados por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.

Uma alternativa para quem não tem plano de saúde ou não quer/pode ficar esperando na fila do SUS é a Central da Visão. Somos uma empresa que ajuda quem precisa operar ou tratar a visão a encontrar clínicas de excelência a preços mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento.

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Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo nosso SAC.

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Mariana Ferrão

Jornalista especialista em saúde e bem-estar, Embaixadora Central da Visão