Dor atrás dos olhos: o que pode ser?

Dor atrás dos olhos: o que pode ser?

Entenda as causas da dor atrás dos olhos, descubra quando ela pode ser sintoma de condições mais sérias e saiba como tratá-la.
Dor atrás dos olhos: o que pode ser?

A dor atrás dos olhos pode surgir por diferentes razões, algumas simples, outras que demandam atenção médica imediata. Porém, muitas pessoas ignoram esse sintoma, acreditando ser somente cansaço ou consequência de uma noite mal dormida.

Em alguns casos, essa dor pode ser um indicativo de uma condição mais séria. O que começa como uma leve pressão ou ardência pode, na verdade, ser o sinal silencioso de algo mais sério, comprometendo não apenas a visão, mas também a qualidade de vida.

Neste artigo, você entenderá as principais causas, sinais de alerta e os tratamentos mais indicados para lidar com esse desconforto. Continue lendo para aprender como identificar quando a dor é passageira e quando é hora de procurar um especialista.

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O que pode ser a dor atrás dos olhos?

A dor atrás dos olhos pode ter diversas causas, desde problemas simples até condições de saúde mais complexas. Entender as diferenças entre elas é essencial para saber quando buscar ajuda médica.

Abaixo, confira as causas mais comuns desse desconforto para te ajudar a identificar a possível origem do problema. Se a dor persistir ou vier acompanhada de perda visual e outros sintomas, não hesite em buscar ajuda especializada.

Enxaqueca

A dor atrás do olho não está relacionada necessariamente apenas a doenças oculares. A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça intensa que também pode atingir a parte posterior dos globos oculares.

Aqui, o paciente pode sentir uma dor latejante, juntamente com sensibilidade à luz, lacrimejamento, manchas na vista, tontura, coriza e até náuseas.

Normalmente, alguns remédios, além do repouso, podem ser úteis no alívio da enxaqueca e seus sintomas. Porém, caso a dor seja persistente, é bom consultar um neurologista.

Sinusite

A sinusite é outra condição que pode causar dor atrás dos olhos e outros tipos de desconfortos. Quando o paciente tem sinusite, há um acúmulo de secreção nos seios da face, o que faz com que eles fiquem inflamados.

Esse acúmulo pode acabar fazendo pressão nos olhos e, assim, o paciente sente dor e pressão na região. Outros sintomas comuns são dor de cabeça, coriza, febre e tosse, além da sensação de peso no rosto.

Uma vez que a dor é causada indiretamente pelo acúmulo de secreção nos seios da face, a retirada da secreção já pode aliviar um pouco os sintomas. Alguns pacientes lavam o nariz com soro fisiológico, o que ajuda o processo.

No entanto, em crises mais agudas, a visita a um médico é recomendável.

Dengue

Dor na parte posterior dos olhos também pode ser um sintoma da dengue. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, causa uma série de sintomas e pode ser bem grave, a depender da sua variação (clássica ou hemorrágica).

A sua variação mais comum pode dar sensação de pressão nos olhos, manchas vermelhas pelo corpo, dor de cabeça, febre, cansaço, dor no corpo e mal estar.

Na presença da doença, é recomendado que o paciente fique em repouso e tome muito líquido. É importante se consultar com um profissional da saúde para ter as recomendações adequadas.

COVID-19

Quem acaba pegando COVID-19 também está sujeito a sentir desconforto nos olhos, já que a doença pode atingir essa área. Algumas condições oculares que a doença pode ocasionar são conjuntivite, ceratoconjuntivite, conjuntivite hemorrágica e neurite óptica.

A partir disso, o paciente pode sentir não só dor na parte de trás dos olhos, como também coceira e sensibilidade à luz.

Na situação, é essencial que o paciente se consulte um clínico geral e um oftalmologista, fazendo o possível para manter o isolamento social.

Problemas de visão

Finalmente, alguns problemas oculares acabam causando desconforto na parte posterior dos olhos, indicando a necessidade de investigar uma possível condição.

Os erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) são situações clássicas que podem deixar o paciente com dor na região. O mesmo acontece em pacientes com estrabismo e presbiopia. A dor existe pelo hábito de forçar a vista na tentativa de enxergar melhor sem o auxílio de lentes específicas.

Aqui, para aliviar os sintomas, que podem incluir dor de cabeça, tontura e vista cansada, é preciso ir a um oftalmologista. Ele indicará os exames necessários e fará a prescrição das lentes adequadas.

Esclerite

A esclerite é uma inflamação na esclera, que é a parte branca do olho. Normalmente, o problema causa vermelhidão nessa estrutura, podendo também provocar dor na região, sensibilidade à luz e lacrimejamento.

Vale saber que a esclerite pode ser bem perigosa para o paciente, especialmente se não houver o tratamento adequado e a tempo. É fundamental consultar um oftalmologista para ter o diagnóstico correto.

Além disso, a doença ainda pode estar relacionada a outras patologias, como lupus, artrite reumatóide, doenças inflamatórias intestinais, entre outras. Por isso, é importante investigar a fundo, tratando não apenas a esclerite, mas também a condição primária.

Neurite óptica

A neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico, estrutura que fica atrás dos olhos, conectando o globo ocular ao cérebro. Além de poder causar dor, a condição também pode afetar a visão do paciente, provocando alterações na percepção das cores e até a diminuição ou perda súbita da visão.

Assim como a esclerite, a neurite óptica também pode ser reflexo de outra doença primária. No caso, pode ser esclerose múltipla, caxumba, sarampo, sífilis, herpes, entre outras condições.

Ao se consultar com um oftalmologista, o paciente pode ter o diagnóstico correto. Além disso, o profissional pode identificar a causa da doença e encaminhá-lo ao especialista adequado, que passará o tratamento necessário.

Síndrome do olho seco

A síndrome do olho seco acontece quando há a falta da lubrificação necessária para os olhos. No caso, há uma alteração na qualidade ou quantidade das lágrimas produzidas, o que acaba afetando os olhos de forma negativa.

Os sintomas mais comuns desse problema são a dor atrás do olho, vermelhidão, coceira e ardência. Também pode haver sensibilidade à luz, vista embaçada e sensação de areia nos olhos.

Vale saber que a doença pode ser confundida com a simples secura nos olhos, que pode acontecer em algumas situações específicas. No último caso, os sintomas tendem a durar apenas algumas horas, enquanto na síndrome, eles podem ser mais duradouros.

Sendo assim, mais uma vez, a recomendação é ir a uma consulta com o oftalmologista. O profissional fará a avaliação e dará o diagnóstico correto, assim como o tratamento adequado.

Glaucoma de ângulo fechado

Por fim, o glaucoma de ângulo fechado é uma doença muito perigosa, que pode causar cegueira em pouquíssimo tempo. A condição atinge o nervo óptico por causa do aumento súbito da pressão intraocular. Em alguns casos, a causa também pode estar relacionada a alterações no fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico.

Caso a pressão intraocular aumente de forma súbita, o nervo óptico pode sofrer uma lesão rapidamente. A situação é grave e costuma causar dor intensa atrás dos olhos e na cabeça.

Por outro lado, o glaucoma de ângulo aberto, variação mais comum da doença, é uma doença silenciosa e não causa dor.

Por isso, é de suma importância que haja uma visita ao oftalmologista, para identificar o quadro e dar início ao tratamento.

Infecção ocular

Algumas infecções oculares podem causar dor intensa atrás dos olhos e exigir tratamento imediato.

A uveíte, por exemplo, inflama a parte interna do olho, envolvendo a úvea (composta por íris, corpo ciliar e coróide). Pode ser desencadeada por infecções, doenças autoimunes ou traumas.

Seus principais sintomas incluem vermelhidão, dor, sensibilidade à luz (fotofobia) e visão embaçada. Se não tratada, a uveíte pode causar complicações sérias como glaucoma ou perda permanente da visão.

Já a celulite orbital é uma infecção grave que afeta os tecidos ao redor dos olhos, geralmente causada por uma infecção sinusal que se espalha.

Ela é acompanhada por inchaço, dor intensa, febre e dificuldade para mover o olho ou perda parcial da visão, em casos mais severos. É considerada urgente e requer tratamento hospitalar com antibióticos e outros remédios semelhantes.

Em ambos os casos, o acompanhamento médico imediato é essencial para evitar complicações mais sérias, como abscessos ou danos permanentes à visão.

Fadiga ocular

A fadiga ocular, também conhecida como astenopia, se tornou comum com o uso excessivo de telas digitais. Embora não seja uma condição grave, pode causar bastante desconforto e impactar a qualidade de vida.

Entre as causas mais frequentes, estão:

  • uso prolongado de computadores, celulares ou tablets sem pausas;
  • leitura por muitas horas, especialmente em ambientes com má iluminação;
  • exposição constante à luz azul, emitida por dispositivos eletrônicos.

Os sintomas incluem sensação de peso nas pálpebras, olhos secos ou lacrimejantes, dificuldade de foco, visão embaçada e dor de cabeça.

Para prevenir e aliviar o problema, é recomendado adotar a regra 20-20-20: a cada 20 minutos de uso de tela, olhar para algo a 20 pés de distância (aproximadamente 6 metros) por 20 segundos.

Além disso, garantir a iluminação adequada do ambiente, usar colírios lubrificantes e ajustar o brilho e o contraste das telas para um nível confortável são medidas simples que fazem toda a diferença.

Com pequenas mudanças, é possível reduzir significativamente o desconforto visual e evitar problemas oculares a longo prazo.

Trauma e lesões oculares

Os traumas oculares variam de leves a graves, mas mesmo um impacto aparentemente pequeno pode gerar complicações sérias se não for tratado adequadamente.

Impactos diretos, presença de corpos estranhos (como areia, poeira ou fragmentos metálicos) e queimaduras químicas ou térmicas estão entre as causas mais comuns.

Os sintomas típicos incluem dor intensa e imediata, vermelhidão, inchaço, visão embaçada ou perda parcial da visão, além de sangramento interno ou hematomas visíveis.

Entre as complicações possíveis, estão o descolamento de retina, que pode causar perda de visão se não tratado rapidamente, além de hemorragias internas no globo ocular e infecções secundárias.

O atendimento rápido e adequado é fundamental para preservar a saúde ocular e evitar danos permanentes.

Quando a dor atrás dos olhos pode ser grave?

A dor atrás dos olhos é um sintoma relativamente comum, geralmente associada a problemas simples, como tensão ocular, sinusite ou cefaleia. No entanto, é fundamental saber identificar quando essa dor pode indicar uma condição mais séria que demanda atenção médica.

Se a dor atrás dos olhos vier associada a algum dos seguintes sintomas, é importante procurar um médico com urgência:

  • dor intensa e persistente: se a dor não melhora com repouso, analgésicos comuns ou compressas frias, pode ser um sinal de inflamação ou pressão elevada intraocular;
  • perda súbita ou parcial da visão: mesmo que temporária, qualquer alteração visual inesperada merece investigação, pois pode indicar problemas na retina ou no nervo óptico;
  • febre alta e inchaço ao redor dos olhos: esses sinais podem sugerir uma infecção ocular ou sinusal que, se não tratada, pode se espalhar e causar complicações graves;
  • dificuldade para movimentar os olhos: se você sente dor ou rigidez ao mover os olhos, isso pode indicar condições como neurite óptica ou celulite orbitária, ambas necessitando de atendimento rápido.

Como diagnosticar a dor atrás dos olhos?

O diagnóstico correto da dor atrás dos olhos depende de uma avaliação médica detalhada.

Para investigar causas neurológicas ou sinusais, o oftalmologista pode realizar testes de campo visual e exames como tonometria, que mede a pressão intraocular.

Também podem ser realizados exames de imagem, como tomografia computadorizada, que detecta alterações ósseas ou sinusais (nos seios da face); e a ressonância magnética, para identificar tumores ou problemas ópticos.

Em alguns casos, o auxílio de um neurologista pode ser necessário para diagnosticar condições no sistema nervoso.

Principais tratamentos para dor atrás dos olhos

O tratamento adequado para a dor ocular depende da causa do problema. Por isso, avaliar a condição não só alivia o desconforto, mas também previne complicações mais graves.

Confira os tratamentos mais comuns para cada caso.

  • Sinusite: se essa é a causa, descongestionantes nasais ajudam a reduzir o inchaço das vias respiratórias, enquanto a inalação com vapor quente contribui para a fluidificação do muco, e, assim, alivia a pressão nos seios da face. Em casos de infecção bacteriana, o médico pode prescrever antibióticos.
  • Enxaqueca: para quem sofre com enxaquecas, o tratamento foca no alívio dos sintomas e na prevenção das crises. Repousar em um ambiente silencioso e escuro, manter a hidratação e utilizar analgésicos ou medicamentos específicos são medidas eficazes. Para alguns casos, o médico pode recomendar tratamentos profiláticos para reduzir a frequência das crises.
  • Neurite óptica: o tratamento geralmente envolve corticosteroides administrados por via oral ou intravenosa, para acelerar a recuperação da visão e reduzir a inflamação. Essa condição exige acompanhamento oftalmológico e neurológico, já que pode estar relacionada a doenças autoimunes.
  • Glaucoma: é preciso um controle rigoroso da pressão intraocular. O tratamento inicial costuma ser feito com colírios específicos, para reduzir a produção de líquido ocular ou aumentar sua drenagem. Nos casos avançados, procedimentos a laser ou cirurgias podem ser necessários para evitar a perda permanente da visão.

Atenção: independentemente da causa, seguir as orientações médicas é fundamental. A automedicação pode mascarar sintomas e retardar o diagnóstico correto, agravando o problema.

Conheça os tratamentos disponíveis.

Quando procurar um oftalmologista?

Quando a dor atrás dos olhos persiste ou vem acompanhada de outros sintomas, como visão embaçada, sensibilidade à luz ou dor de cabeça intensa, é hora de buscar a opinião de um especialista.

A consulta com um oftalmologista é o primeiro passo para evitar problemas oculares mais sérios, como glaucoma, inflamações ou distúrbios da refração. Não espere a dor se tornar insuportável ou frequente para buscar ajuda. Quanto mais cedo o problema for identificado, mais eficaz será o tratamento.

Em alguns casos, a dor atrás dos olhos pode ter origem neurológica, como nas enxaquecas ou neuralgias, então pode ser necessário consultar também um neurologista. Essa abordagem integrada garante um diagnóstico mais preciso e um tratamento adequado.

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Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

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Mariana Ferrão

Jornalista especialista em saúde e bem-estar, Embaixadora Central da Visão