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Mariana Ferrão
Jornalista especialista
em saúde e bem-estar
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A catarata congênita é caracterizada pela opacificação do cristalino (a lente natural dos olhos), e, assim, dificulta a chegada da luz até a retina. Essa condição afeta recém-nascidos e bebês, causando visão embaçada e reduzida.
O diagnóstico precoce da doença é imprescindível para preservar a visão e evitar prejuízos permanentes. Caso não receba o tratamento adequado, o paciente pode desenvolver um quadro grave de ambliopia — condição em que o cérebro não consegue processar as imagens capturadas por um ou ambos os olhos — e até mesmo levar à cegueira.
Neste caso, o tratamento adequado é a cirurgia de catarata congênita, que apresenta grande eficácia, principalmente quando realizada o mais cedo possível.
A catarata congênita pode ter diferentes causas. A transferência de alguma doença da mãe para o feto é um dos principais problemas, incluindo:
Citomegalovírus, uma infecção viral da família da Herpes que enfraquece o sistema imunológico
Rubéola, uma doença viral altamente contagiosa
Sífilis, um tipo de IST (Infecção Sexualmente Transmissível) bacteriano
Toxocaríase, infecção ocasionada por parasitas presentes nas fezes de cães e gatos contaminados
Toxoplasmose, doença parasitária transmitida pelo contato com fezes de animais infectados ou pela ingestão de alimentos contaminados
Varicela ou catapora, um tipo de infecção com alto nível de contágio, especialmente em crianças
Também existem casos em que a catarata congênita é proveniente de doenças genéticas ou cromossômicas (Síndrome de Down, por exemplo).
Distúrbios metabólicos como a deficiência de G6PD (que afeta os glóbulos vermelhos) ou a galactosemia (incapacidade de digerir a galactose, um tipo de açúcar) também podem levar ao desenvolvimento da catarata congênita.
Outras possíveis causas são traumas, medicamentos usados sem prescrição durante a gestação, doenças infecciosas, inflamatórias ou sindrômicas, ou tratamentos aplicados de forma inadequada.
Alguns sintomas podem indicar a catarata congênita, como:
Manchas brancas no olho, que causam a impressão de pupila opaca
Dificuldade para identificar imagens ou objetos pequenos
Embranquecimento ocular, muitas vezes não visível a olho nu
Movimentos oculares descoordenados
Sensibilidade à luz
Muitas vezes, esses sinais não são percebidos rapidamente pelos pais, especialmente no caso de bebês. É exatamente por isso que os exames de rotina são tão importantes nos primeiros anos de vida.
O principal deles é o exame do olhinho, feito com a ajuda de um aparelho chamado oftalmoscópio, cuja função é iluminar os olhos do bebê para possibilitar a visualização da retina e do cristalino.
Esse exame costuma ser feito regularmente até os 2 anos, mas o oftalmologista pediatra pode estender esse prazo caso ache necessário. Ao menor sinal de alterações, ele também pode solicitar exames complementares para saber o que está acontecendo, propor um diagnóstico e, possivelmente, recomendar a cirurgia de catarata congênita.
Para a cirurgia de catarata congênita, a criança deve estar acompanhada do seu responsável legal. Então, ela recebe anestesia geral para garantir que ela fique confortável e não se mova durante o procedimento. No caso da anestesia geral, é preciso jejum conforme orientação médica (geralmente de 6 a 8 horas).
Depois, o cirurgião faz uma incisão milimétrica na periferia da córnea. A partir dessa abertura, uma sonda é inserida para emulsificar o cristalino, aspirando-o para fora.
Após a cirurgia, crianças a partir de 2 anos recebem uma lente artificial intraocular que substitui o cristalino. Já os pacientes mais novos recorrem a lentes de contato ou óculos para corrigir a visão até que possam usar a lente.
O processo todo costuma ser rápido e durar menos de 1 hora, e o acompanhamento regular é essencial para garantir o melhor pós-operatório.
A idade mínima para o procedimento é entre 4 e 6 semanas de vida.
A cirurgia de catarata congênita pode ser indicada assim que o diagnóstico for feito.
Quanto mais cedo o tratamento for administrado, mais altas são as chances de recuperação.
Para garantir o sucesso do tratamento, é fundamental que todas as recomendações médicas sejam seguidas à risca, o que inclui o uso de tampão e colírios.
Também é importante que os pais impeçam que a criança toque ou coce o olho operado e evite movimentos e atividades que podem aumentar a pressão intraocular, como brincadeiras agitadas e exercícios físicos intensos.
O acompanhamento oftalmológico contínuo também é indispensável para manter o tratamento equilibrado e melhorar o bem-estar geral do paciente.
O repouso pós-operatório costuma durar de 15 a 30 dias, dependendo das recomendações oftalmológicas.
É importante reintroduzir as atividades da rotina da criança de forma gradual, sem demandar grandes esforços. Assim, a recuperação é mais segura e eficiente.
Durante esse período, é essencial seguir as orientações dadas pelo médico para garantir a cicatrização adequada sem dores ou complicações.
As consultas frequentes também são necessárias para acompanhar o pós-operatório e intervir caso haja alguma complicação.
Ainda que seja considerada segura, a cirurgia apresenta chances de complicações como qualquer outro procedimento cirúrgico.
Sangramento: pode ocorrer durante ou após a cirurgia, por isso o acompanhamento é essencial
Inchaço e perda de fluidos oculares: os fluidos de nutrição do olho podem ser afetados pela inflamação pós-operatória
Descolamento da retina: pode ocorrer devido à manipulação ocular, e é mais comum em casos de predisposição genética
Infecções: o risco existe, como em toda intervenção cirúrgica, especialmente se as orientações, como uso de colírio, não forem seguidas
Glaucoma secundário à cirurgia de catarata congênita: o aumento da pressão intraocular pode comprometer o nervo óptico e a visão indiretamente, o que acelera o desenvolvimento de glaucoma
Ainda assim, é possível minimizar esses riscos ao realizar o procedimento em uma clínica de alta qualidade, com um cirurgião especializado, e ainda seguir as recomendações para o pós-operatório.
Tudo isso garante resultados mais eficazes e duradouros, além de prezar pela qualidade de vida da criança.
A forma mais comum de tratamento é a cirurgia. No entanto, a indicação depende do quadro de cada paciente. Casos parciais de catarata congênita podem ser acompanhados com uso de óculos, colírios que dilatam a pupila ou outros recursos ópticos, evitando a cirurgia imediata.
No caso de crianças mais velhas, a cirurgia costuma ser associada a uma lente intraocular, para restaurar a função esperada da visão. Essa etapa é adiada no caso de crianças pequenas até que o implante seja considerado totalmente seguro e indicado.
Os preços da cirurgia de catarata congênita dependem de uma série de aspectos: quadro de saúde do paciente, região, clínica escolhida, cirurgião, equipe médica, técnicas, exames, medicamentos, sala e materiais usados para a cirurgia. Outro fator que interfere é o uso ou não da lente.
A Central da Visão oferece cirurgias de catarata congênita com preços mais acessíveis e condições especiais de pagamento. Com tecnologias avançadas e equipe médica experiente, a qualidade e a segurança do paciente andam lado a lado com a democratização do acesso à saúde ocular.
Tudo isso garante mais saúde e qualidade de vida para os pequenos pacientes que merecem viver sem a catarata congênita!
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