A ptose palpebral é uma condição que ocorre quando a pálpebra superior cai mais que o normal, podendo comprometer a estética do olhar e até atrapalhar a visão.
Embora seja mais comum em pessoas idosas, também pode afetar crianças e adultos de diferentes idades.
Mas afinal, o que é ptose, quais são as causas e quais são as formas de tratamento? Neste artigo, vamos explicar tudo sobre o assunto e tirar as principais dúvidas. Confira!
O que é ptose palpebral?
A ptose palpebral (ou só ptose) é caracterizada pela queda parcial ou total da pálpebra superior. Essa alteração pode afetar apenas um dos olhos – chamada de ptose unilateral – ou os dois ao mesmo tempo – ptose bilateral.
Além da questão estética, a ptose também pode comprometer o campo de visão, causando sintomas como esforço visual, dores de cabeça e até postura inadequada, pois algumas pessoas acabam levantando o queixo para enxergar melhor.
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Ptose palpebral: causas mais comuns
A ptose palpebral acontece, na maior parte das vezes, devido a um problema no principal músculo responsável por manter a pálpebra superior aberta: o músculo levantador da pálpebra superior (levator palpebrae superioris).
Esse músculo funciona como uma “alavanca”, que se contrai para manter a pálpebra levantada e relaxa quando precisamos piscar ou fechar os olhos. Qualquer alteração nessa estrutura pode levar ao enfraquecimento ou mau funcionamento, provocando a queda parcial ou total da pálpebra.
Veja abaixo as principais causas da ptose palpebral e entenda como cada uma delas afeta o funcionamento da pálpebra.
Ptose congênita
Na ptose congênita, a criança já nasce com o músculo levantador da pálpebra mal desenvolvido ou mais curto que o normal. Por isso, a pálpebra fica caída desde o nascimento.
Quando essa queda faz com que a pálpebra cubra a pupila, pode atrapalhar o desenvolvimento da visão e causar ambliopia (olho preguiçoso). Nesses casos, muitas vezes a cirurgia é indicada ainda nos primeiros anos de vida para evitar prejuízos permanentes.
Mesmo nos casos mais leves, em que a pálpebra não cobre a pupila, o acompanhamento regular com oftalmologista é essencial para monitorar possíveis impactos na visão.
Ptose adquirida
A ptose adquirida é a mais comum em adultos e costuma surgir ao longo da vida. Ela está geralmente relacionada ao envelhecimento natural, que faz o tendão do músculo levantador ceder ou se alongar, deixando a pálpebra menos firme.
Também pode ser provocada por traumas, inflamações, cirurgias oculares prévias ou doenças que afetam diretamente a força ou a estrutura desse músculo. Em muitos casos, os pacientes percebem a pálpebra mais “pesada” ou notam a diferença ao comparar fotos antigas.
Ptose mecânica
Na ptose mecânica, a queda da pálpebra não é causada diretamente por um problema no músculo, mas por algo que adiciona peso sobre ela. Pode ser excesso de pele (dermatocalase), tumores, cistos, cicatrizes ou inflamações crônicas. Esse peso faz a pálpebra descer, atrapalhando a abertura normal.
O tratamento, nesses casos, depende de identificar e corrigir o fator que está causando a sobrecarga.
Ptose neurogênica
A ptose neurogênica ocorre quando há alterações nos nervos responsáveis por acionar o músculo levantador da pálpebra. Isso pode acontecer, por exemplo, em casos de paralisia do nervo oculomotor ou em doenças neurológicas específicas.
Nesses casos, a ptose pode vir acompanhada de outros sintomas, como dificuldade para movimentar os olhos ou alterações nas pupilas. O tratamento deve ser individualizado, muitas vezes envolvendo uma equipe multidisciplinar.
Quais os sintomas da ptose?
O principal sintoma da ptose é a pálpebra caída, mas outros sinais ainda podem aparecer, como:
- Visão turva ou parcialmente bloqueada
- Sensação de peso nas pálpebras
- Cansaço visual
- Dificuldade para abrir completamente os olhos
- Necessidade de inclinar a cabeça para enxergar melhor
Em casos leves, a queda pode passar despercebida e ser notada apenas em fotos ou ao comparar um olho com o outro.
Quais são os tratamentos para ptose palpebral?
Felizmente, é possível reverter a ptose palpebral. O tratamento depende da causa e do grau da condição.
Botox para ptose
Alguns profissionais, após avaliação criteriosa, podem indicar a aplicação de botox para ajudar em casos leves, quando a pálpebra não cobre completamente a pupila. A substância age relaxando alguns músculos que puxam a pálpebra ou a sobrancelha para baixo (esses músculos ficam na região da testa e ao redor dos olhos) – ela não interfere no músculo levantador da pálpebra superior.
Reduzindo a força contrária, a pálpebra pode ficar discretamente mais aberta, melhorando temporariamente a aparência da ptose.
Por ser um efeito passageiro, o tratamento precisa ser reaplicado periodicamente, geralmente a cada 4 a 6 meses. Costuma ser indicado quando a cirurgia não é possível ou quando o paciente prefere evitar o procedimento cirúrgico.
Vale lembrar que o tratamento com botox não atua na causa do problema, mas apenas nos efeitos e sintomas.
Cirurgia de ptose
Na maioria dos casos, especialmente quando a queda compromete a visão ou incomoda esteticamente, a solução mais eficaz é a cirurgia ptose palpebral.
O procedimento é realizado por oftalmologistas especializados em plástica ocular. Durante a cirurgia, o médico ajusta a função do músculo levantador da pálpebra ou faz uma ligação com outros músculos que auxiliam na elevação.
A técnica utilizada depende de fatores como:
- Se a ptose é congênita ou adquirida
- Grau de força do músculo
- Se é ptose bilateral ou unilateral
Em adultos, a anestesia utilizada no procedimento é local, juntamente com sedação. Já em crianças, a anestesia é geral.
O pós-operatório da cirurgia de ptose é considerado rápido e indolor. Podem surgir hematomas e inchaços ao redor dos olhos afetados, além de maior sensibilidade e incômodo temporários.
Para ter mais conforto durante a recuperação, os médicos costumam prescrever colírios lubrificantes e o uso de compressas frias na região. Além disso, a prática intensa de exercícios físicos também deve ficar suspensa por aproximadamente 30 dias, de acordo com a recomendação médica.
Em geral, o período é tranquilo e o paciente tem liberdade para fazer suas atividades diárias.
Cirurgia de ptose e blefaroplastia são a mesma coisa?
Não, a cirurgia de ptose palpebral e a blefaroplastia podem ser procedimentos semelhantes, mas não são a mesma coisa, e essa confusão é bem comum.
Ambas as cirurgias interferem em pálpebras caídas, porém, corrigem situações diferentes.
A cirurgia de ptose consiste em corrigir o músculo que causa a queda da pálpebra. No caso, a causa da queda é muscular.
Já a blefaroplastia tem como objetivo corrigir a flacidez das pálpebras, removendo o excesso de pele e as bolsas de gordura ao redor dos olhos. O procedimento não interfere em nenhum músculo que tenha relação com o levantar das pálpebras.
Embora sejam cirurgias diferentes, elas podem ser realizadas em conjunto, desde que haja indicação médica.
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Quando procurar um especialista
Ao perceber uma ou ambas as pálpebras mais caídas que o normal, sentir desconforto visual ou notar que a aparência dos olhos mudou, é recomendado procurar um oftalmologista especializado, para que ele avalie o seu caso e prescreva o tratamento adequado.
Com a Central da Visão, você pode encontrar clínicas particulares seguras para realizar o seu procedimento com especialistas em ptose. E o melhor: a preços mais acessíveis e com condições facilitadas de pagamento.
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